sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Malu - a série de separação de pais do Blog da Clawdeen Wolfinha!

Malu ofegou com o susto, sentindo uma agulhada nas pernas. Ela olhou com olhos lacrimejantes e esverdeados para a mãe e o médico, e queria que alguém recolocasse as pernas nela. A mãe chegou perto dela, e colocou sua cabeça em seu corpo caloroso, e, pela primeira vez em muitos anos, ela não recuou. Estava chocada. Aquilo seria como perder parte da vida e parte da capacidade de fazer mais, perder suas pernas era trágico demais.
-A cirurgia correu bem - começou o médico, depois que Malu assentiu que estava menos chocada e que ele poderia continuar. - Amanhã mesmo, traremos suas pernas de volta.
-Então quer dizer que terei minhas pernas de volta, que isto tudo foi uma brincadeira e que nunca passará de uma brincadeira? Eu não ficarei mais sem as minhas pernas?! - gritou, afobada, a menina, alegre. Mal sabia ela que a fala do médico que seria dita agora acabaria com suas esperanças de continuar sendo gente normal.
-É... Não, Malu, não vai ser assim. Estas pernas das quais estou falando são pernas mecânicas que o hospital doou para você. Não se preocupe, logo, poderá ir para casa.

Passou-se um tempo, mais ou menos um mês com Malu se recuperando cada vez mais, agora já andando com as pernas mecânicas muito bem, como se sempre as tivesse usado, andando pelo jardim gramado do hospital, cuidando da postura ereta e nova, aprendendo mais e mais sobre como cuidar daquelas coisas de metal estranhas, que, antes, seu corpo parecia não querer aceitar como substitutas. Mas, com o silicone como pele, ela parecia acreditar que os mecanismos eram realmente suas pernas.
Certo dia, Malu estava caminhando ao lado de Tob, o cão que ajudava os pacientes, o animalzinho malhado de marrom, negro e branco, ao seu lado, latindo e lambendo o silicone das pernas falsas, saltando entre as flores, até que Malu teve de correr atrás dele. Como ela se sentira bem! O vento corria pela face, e ela punha a língua para fora para senti-lo. Ela saltava pelas cercas com a graça e velocidade de uma corça, girando em rodopios, Tob na corrida bem na frente dela, mas ela nem se importando com a velocidade, aproveitando o vento e seus saltos. Um jovem a observava. Tinha cabelos curtos, repicados e negros, formando um jardim escuro e reto como relva dura. Ao invés dos braços, mecanismos de metal reluzentes, sem silicone como pele falsa. Ele segurava um pincel e encarava Malu. Ela dava giros, rodopios e assoviava, de bem com a vida. Do quadro que o menino estava pintando, ele tinha feito um desenho magnífico dela, seus cabelos soltos e loiros, iguais a ouro puro, seus lábios rosados, seus olhos verdes azulados como a lagoa do jardim. Ele tinha feito pernas mecânicas para ela no desenho. O garoto, respirando fundo, saiu de trás do arbusto aonde se escondia e se arrastou ao seu encontro. Malu brecou na frente dele, mas caiu em seus braços fortes e de metal.
-Quem é você? - perguntou, fascinado, o garoto.
-Meu nome é Malu - respondeu a garota.
-Permita-me que me apresente. Sou Jay, e perdi os dois braços quando sofri um acidente na neve numa van escolar que derrapou.
-Eu sofri um acidente no carro de minha mãe.
-Oh, gostaria de mostrar a você o CDTLENTS.
-O que?!
-CDTLENTS. - Clube de Talentos. Tiveram de alongar o nome para ficar mais sério. Você tem talento para correr.
-Não, estava apenas andando mais rápido um pouquinho, atrás do Tob. Ele saiu correndo.
-Acredite em mim. Você estava correndo mais ou menos a 5 quilômetros por hora. Estava muito rápida. Sorte que temos muitos obstáculos. Venha comigo lhe mostrarei o CDTLENTS. Você tem talento para dar e vender.

domingo, 11 de novembro de 2012

Telefone

Claro que, quando o telefone toca, a gente sempre vai até ele e atende. Foi num destes casos que conheci o amor de minha vida.
TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMM!!!!!!!!!!
-Alô?
-Olá, procuro pelo senhor Maya. Ele está? - dizia uma magnífica voz feminina.
-Está falando com ele mesmo. Quem deseja?
-Não é ninguém, sabe...
-Não é ninguém? Mas eu preciso saber quem é que fala para poder ajudar!
-Mas não sou ninguém, meu senhor! Não conseguiria compreender que não sou ninguém e somente me passar para o sr. Maya?!
-Ora, mas é ele mesmo, mas, primeiro, antes de falar, gostaria muito de saber seu nome e telefone.
-Não sou ninguém e meu telefone você pode ver muito bem na tela do SEU telefone. Agora deixe-me falar, senhor Maya, por favor!
-Pois diga, que agora fiquei curioso. Mas vou avisando-lhe que, se não me disser seu nome, desligarei quando começar.
-Mas, meu senhor, não me amole! Somente quero falar-lhe que...
-Tu...Tu...Tu... - desligara, com certo medo da voz misteriosa e que dizia não ser ninguém.
TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMM!!!!!!!!!
-Quem é?
-Não sou ninguém, poderia me passar ao sr. Maya?
-Mas me diga, pelo amor de Deus, quem é você!
-Meu senhor, vamos fazer o seguinte: Nos encontremos perto da doceria Maya, na rua Waltie, agora mesmo. Lhe vejo lá.
Desliguei, mas não fui. Tinha medo de que fosse trote e que fossem me assaltar, já que eu era dono daquela doceria. Logo me bateram na porta e eu fui atender.
-Por acaso aqui é a casa do Sr. Maya? - era a mesma mulher ao telefone, agora exibindo quem era: Cabelos encaracolados e ruivos, olhos verdes, boca delicada como se de porcelana. Eu pedi que entrasse, gaguejando. Poucas mulheres haviam passado pela minha vida.
-Sim. Entre - disse. - Sente-se que lhe preparo algo. Quer café? Chá? - ela aceitou o chá e se sentou, cruzando as pernas, enquanto eu ia para a cozinha, tremendo. Ela era linda! Preparei chá e levei a ela.
-Bem, Sr. Maya, estava apenas tentando lhe dizer que eu sonhei com o telefone do senhor esta noite. Não sei porque, apareceu-me na cabeça, anotei-o e decidi ligar para o dono dele, que por acaso era o senhor. Então decidi não falar quem era eu. Compreende agora?
-Sim - disse, abismado com o que ela acabara de me contar.
-Bem, continuando, o meu sonho me disse que deveria chamar o dono do telefone para me conhecer melhor, porque poderia se encaixar na minha vida. Pois então, gostaria?
-Mas é claro - respondia, a xícara de chá tremendo como louca nas minhas mãos.
E fomos. Após algum tempo, percebemos que nós éramos feitos um para o outro. Namoramos, nos casamos, e, agora, nossas filhas já tem até namorado.

Dicas da Clawdeen Wolfinha - jogos!

As Dicas da Clawdeen Wolfinha de hoje são sobre jogos de celular. Quem não gosta? Aqui, trago uma lista com alguns dos joguinhos que eu (e mais um monte de gente, até mesmo meu pai) adoro.

Fruit Ninja: Quem nunca ouviu falar do jogo da Halfbrick de cortar frutas que seu sensei joga para que sejam cortadas com o facão que você empunha? Um jogo de destreza, claramente, e, além disto, você pode trocar os planos de fundo para cortar frutas, trocar de facão e usar uns MUITO legais, com animações e tudo mais, e ainda jogar com tempo e sem vidas, com tempo e com maneiras de se ferir (as famosas bombas), da maneira clássica ou online!

Zombie Tsunami: O jogo LEGAL DEMAIS da Mobigame, que traz zumbis revoltados contra os humanos, faz com que você se vicie rapidamente. Você começa com um zumbi andando pela rua, e, a cada pessoa que você devora, leva um zumbi de brinde! Assim, você constrói uma caravana de zumbis, todos andando pela rua, evitando os helicópteros, carros em movimento e bombas, e procurando zumbis o suficiente para arrombar carros, ônibus e tanques de guerra, além de poder mudar o plano de fundo à medida que corre, encontrando locais diferentes! Além disto, você pode colocar cabelos diferentes em seus zumbis, como eu, que pus um moicano em alguns dos monstrinhos...

Subway Surfers: O joguinho da Killo e Sybo é realmente viciante! Você controla um pichador que pinta perto de um metrô, e que começa a ser perseguido por um guarda e seu cachorro, quando o pichador começa a correr pelos trilhos! Desvie, pule, abaixe, vire, e ainda mude de personagens usados como o pichador, ganhando caixas com misteriosidades, pranchas, etc.]

Fruit Ninja:

Zombie Tsunami:

Subway Surfers:


Espero que tenham curtido, e até o próximo post!
Abraços com patas peludas da Clawdeen Wolfinha!

domingo, 4 de novembro de 2012

Estante da Clawdeen Wolfinha

A Estante da Clawdeen Wolfinha traz para vocês hoje uma obra interessantíssima, de Jack London, maravilhoso escritor sobre neve e lobos, de escrita magnética e grudenta, como um chiclete culto: Vejam a sinopse abaixo!


Quando dois humanos e um morto se encontram no meio de um mar de neve, e todos os seus cães começam a ser devorados, engolidos vivos por feras indesejáveis e famintas, e, para completar o pacote, sua munição está prestes a acabar, há um milagre acontecendo do outro lado da floresta gelada: Irmãos lobos nascem, incluindo o pobre lobinho Caninos Brancos, que começa a compreender o mundo frio e a ter sede de sangue para sobreviver. Escravizado pelos índios locais, ele aprende a obedecer. Mas como será a vida deste animal quando ele encontrar seu melhor amigo humano, um policial que o salva da morte? Esta é a emocionante obra de Jack London, que sussurra suas palavras e faz você embarcar numa viagem  no meio da neve, acompanhado de policiais, emoções, e um grupo de lobos faminto, além deste simpático lobinho, que aprende muito antes de viver bem!