Malu piscou, ainda um pouco sonolenta. Ouviu a conversa do doutor com sua mãe e seu pai, que choravam preocupada, mas que estavam de pé, como que gozando de onde ela estava. Uma pontada de dor atingiu a garotinha, o que a fez lembrar das imagens que sua mente catalogou sozinha quando ainda girava dentro do carro em que estava, embora estivesse desacordada. Um gemido saiu vagarosamente de sua boca levemente cansada por causa de alguma injeção que recebera. Estava no hospital, deitada numa maca. As luzes atingiam sua face com força, escorrendo absolutas e calorosas como uma saudação da alguém que não se vê há muito tempo.
- Seus sinais vitais estão bem - disse o doutor com sua voz grave, que parecia querer dizer o contrário, sendo muitíssimo pessimista mesmo sendo o contrário. - Mas tivemos de fazer umas mudanças nela.
Malu tentou se erguer, mas outra pontada a atingiu e ela soltou um grito baixo de dor, quase como um gemido. Sua mãe e o médico a vieram ver, e o pai veio logo atrás, todos com sorrisos amistosos, inundando a vaga imagem que ela tinha da sala antes, sem ninguém, mas agora inundada de pessoas. Pelo menos neste ponto o médico parecia amistoso, saudoso e gentil. Sua voz, porém, fez a gentileza e a aparência boazinha se afogarem logo quando surgiram em sua face.
-Querida, você se machucou feio naquele carro - disse o doutor. - Você... Você perdeu as duas pernas.
Um blog animal, com tudo o que existe neste mundo, descobertas e apontamentos interessantes, tudo o mais animal possível. Ainda mais agora que o Blog da Clawdeen Wolfinha tem a linguagem adequada para os turistas da Web e os posts sobre viagens e alguns outros terão versões em Inglês, Português e Castellano (considerado o Espanhol Argentino)!
domingo, 30 de setembro de 2012
The Wolves - Terceiro capítulo
Todos se assustaram, mas Raqui ergueu a mao: - Zeolinda é uma bruxa que vive aqui pertinho. O que planeja?
-Vai ser só uma brincadeira de vez em quando. Vamos lá!
E foram pelo caminho de pedrinhas, até chegarem na casa de Zeolinda. Kalio bateu na porta, e foi atendido com amabilidade. Sussurrou nos ouvidos da senhora velha e enrugada algo, com uma parte, a única compreendida pelos amigos: - Mas quero que isso só aconteça nas noites de lua cheia. Tome cuidado, hein?
-Pode deixar comigo. - respondeu a velhota, que entrou dentro de sua casa, que estava bem maltratada. Um gato preto saiu da moradia, e ronronou quando Raqui o acariciou, murmurando para Kalio: - Tenho certo medo do que você pediu a esta bruxa, amigo! O que foi?
-Você já vai descobrir.
A bruxa fazia a poçao, com escamas de lagarto, dente de morcego, perninha de aranha e traseiro de formiga. O único problema foi que ela se esqueceu de colocar o ingrediente para fazer a transformaçao acontecer somente nas luas cheias. Iria acontecer para sempre.
-Vai ser só uma brincadeira de vez em quando. Vamos lá!
E foram pelo caminho de pedrinhas, até chegarem na casa de Zeolinda. Kalio bateu na porta, e foi atendido com amabilidade. Sussurrou nos ouvidos da senhora velha e enrugada algo, com uma parte, a única compreendida pelos amigos: - Mas quero que isso só aconteça nas noites de lua cheia. Tome cuidado, hein?
-Pode deixar comigo. - respondeu a velhota, que entrou dentro de sua casa, que estava bem maltratada. Um gato preto saiu da moradia, e ronronou quando Raqui o acariciou, murmurando para Kalio: - Tenho certo medo do que você pediu a esta bruxa, amigo! O que foi?
-Você já vai descobrir.
A bruxa fazia a poçao, com escamas de lagarto, dente de morcego, perninha de aranha e traseiro de formiga. O único problema foi que ela se esqueceu de colocar o ingrediente para fazer a transformaçao acontecer somente nas luas cheias. Iria acontecer para sempre.
Contos urbanos: A pastora e o filho da duquesa
Havia, há muito tempo, uma pastora jovem e bela, que pastoreava suas ovelhas todo santo dia, procurando dinheiro para sobreviver. A lã de seus animais era escassa, e ela estava sozinha; Ainda não encontrara um marido.
Pois um certo dia a pastora, depois de tosquiar suas ovelhas e perceber que sua lã era muita, foi à casa do duque negociar um pouco da lã, um casaco ou talvez um cobertor quentinho. Quanto poderia fazer com aquela lã! Se arrumou e vestiu seu mais belo vestido, sem nenhuma flor ou estampa, mas limpo e bonito.
-Oh! - começou a duquesa a desdenhar, depois de ver a pastora subindo as escadas. Abriu a porta na cara dela e desdenhou: - Empregados entram pela porta dos fundos!
A pastorinha nem ligou para a maldade na voz da duquesa. Deu meia volta e se dirigiu, com seu fiel cãozinho atrás, carregando toda a lã, e entrou pelos fundos da imensa mansão. O duque a atendeu amistosamente: -Senhorita pastorinha! Há quanto tempo não lhe vejo! É muita lã o que vejo aí nas costas de seu cão, e estava precisando de uma bela manta para colocar em minha cama no inverno. Será que poderias fazê-la para mim?
-Mas é claro, senhor duque! -dirigiu-se ela polidamente ao homem. Era alguém importante na cidade, então merecia respeito. Já a duquesa, muito mal educada, não merecia respeito algum, e desdenhava da pobre moça, jogada no sofá: - Mas é muito atrevimento da senhorita vir até aqui negociar comigo e com meu marido sobre a lã que suas imundas ovelhas produzem! Pobretã nojenta... Não merecias nem vir até aqui! Merecias... - mas um súbito e rápido gesto do duque a fez calar, e ela se aprumou no sofá de veludo.
A pastora fez uma reverência e deu meia volta, dirigindo-se para a rua. Viu, de repente, uma cabeça surgir de uma grande janela no palácio do duque. Tinha cabelos loiros e finos, dourados. O filho do duque! Era lindo. A moça abriu a boca, ainda bem, num sorriso, de tanta admiração. O moço desceu a fim de lhe fazer companhia na caminhada de volta para sua choupana. Dizia: - Tu és linda, moça pastorinha! Será que a senhorita gostaria de uma rosa? - e, dizendo isto, virou-se e deu-lhe uma belíssima flor, que prendeu em seus cachos compridos.
A camponesa, alegre, aceitou a proposta que o moço lhe fez após isto: - Será que tão bela moça gostaria de me acompanhar num restaurante hoje á noite?
E, quando chegou, a pastorinha fez bocas abrirem no restaurante inteiro, estava linda! Vestia um belíssimo vestido vermelho-sangue, e seus cachos se estendiam até as costas. O filho do duque também abriu a boca. Perguntas de "é uma princesa da América do Norte, do exterior, senhor duque?, é sua namorada?, é a irma da duquesa sua mae?" E o duque sempre respondia que manteria a identidade da pastorinha em silêncio, já que sabia que a mae perguntaria em todos os arredores da aldeia se haviam visto seu filho com alguém e quem era. E a duquesa nao gostaria de saber que o filho estava apaixonado por uma pastora pobre.
Mas a verdade era que, depois daquela noite maravilhosa, o filho do duque se encontrava cada vez mais son a janela do quarto da pastorinha, fazendo serenatas de meia noite, balançando os dedos no violao cheio de amor. E, um belo dia, enquanto jantavam a luz de velas e ao ar livre, o nobre pegou a mao da jovem pobre, ajoelhou-se no chao e disse, alta e claramente: - Será que a senhorita gostaria de se casar comigo?
-Meu amor, mas é claro que sim! - disse a mulher, em resposta. - Mas e a sua mae? Tenho certeza de que ela nao gostará de saber de que se casará comigo.
-Ora - começou o filho do duque. - Fugiremos de barca no dia do casamento, cruzaremos o oceano até chegarmos a uma ilhota pertencente a meu pai, sem dizer para minha mae. Toda a aldeia irá conosco para a ilha, e meu pai, também. Minha mae irá para a Europa visitar alguns parentes e passará uma semana lá. Teremos tempo suficiente para irmos a nossa Lua de Mel.
A pastorinha abraçou-o, e ambos choraram de emoçao. Tudo correu como esperado, e a cerimônia foi linda! A mulher usava um maravilhoso vestido de renda branca, e as ovelhas dela acompanharam os cavalos brancos a puxar a carruagem depois do casório. E, assim, o filho do duque e a pastorinha foram para sua Lua de Mel em Paris e voltaram para onde viviam, assim virando duque e duquesa do local.
E, já que é tradicional em contos de fadas, viveram felizes para sempre.
Pois um certo dia a pastora, depois de tosquiar suas ovelhas e perceber que sua lã era muita, foi à casa do duque negociar um pouco da lã, um casaco ou talvez um cobertor quentinho. Quanto poderia fazer com aquela lã! Se arrumou e vestiu seu mais belo vestido, sem nenhuma flor ou estampa, mas limpo e bonito.
-Oh! - começou a duquesa a desdenhar, depois de ver a pastora subindo as escadas. Abriu a porta na cara dela e desdenhou: - Empregados entram pela porta dos fundos!
A pastorinha nem ligou para a maldade na voz da duquesa. Deu meia volta e se dirigiu, com seu fiel cãozinho atrás, carregando toda a lã, e entrou pelos fundos da imensa mansão. O duque a atendeu amistosamente: -Senhorita pastorinha! Há quanto tempo não lhe vejo! É muita lã o que vejo aí nas costas de seu cão, e estava precisando de uma bela manta para colocar em minha cama no inverno. Será que poderias fazê-la para mim?
-Mas é claro, senhor duque! -dirigiu-se ela polidamente ao homem. Era alguém importante na cidade, então merecia respeito. Já a duquesa, muito mal educada, não merecia respeito algum, e desdenhava da pobre moça, jogada no sofá: - Mas é muito atrevimento da senhorita vir até aqui negociar comigo e com meu marido sobre a lã que suas imundas ovelhas produzem! Pobretã nojenta... Não merecias nem vir até aqui! Merecias... - mas um súbito e rápido gesto do duque a fez calar, e ela se aprumou no sofá de veludo.
A pastora fez uma reverência e deu meia volta, dirigindo-se para a rua. Viu, de repente, uma cabeça surgir de uma grande janela no palácio do duque. Tinha cabelos loiros e finos, dourados. O filho do duque! Era lindo. A moça abriu a boca, ainda bem, num sorriso, de tanta admiração. O moço desceu a fim de lhe fazer companhia na caminhada de volta para sua choupana. Dizia: - Tu és linda, moça pastorinha! Será que a senhorita gostaria de uma rosa? - e, dizendo isto, virou-se e deu-lhe uma belíssima flor, que prendeu em seus cachos compridos.
A camponesa, alegre, aceitou a proposta que o moço lhe fez após isto: - Será que tão bela moça gostaria de me acompanhar num restaurante hoje á noite?
E, quando chegou, a pastorinha fez bocas abrirem no restaurante inteiro, estava linda! Vestia um belíssimo vestido vermelho-sangue, e seus cachos se estendiam até as costas. O filho do duque também abriu a boca. Perguntas de "é uma princesa da América do Norte, do exterior, senhor duque?, é sua namorada?, é a irma da duquesa sua mae?" E o duque sempre respondia que manteria a identidade da pastorinha em silêncio, já que sabia que a mae perguntaria em todos os arredores da aldeia se haviam visto seu filho com alguém e quem era. E a duquesa nao gostaria de saber que o filho estava apaixonado por uma pastora pobre.
Mas a verdade era que, depois daquela noite maravilhosa, o filho do duque se encontrava cada vez mais son a janela do quarto da pastorinha, fazendo serenatas de meia noite, balançando os dedos no violao cheio de amor. E, um belo dia, enquanto jantavam a luz de velas e ao ar livre, o nobre pegou a mao da jovem pobre, ajoelhou-se no chao e disse, alta e claramente: - Será que a senhorita gostaria de se casar comigo?
-Meu amor, mas é claro que sim! - disse a mulher, em resposta. - Mas e a sua mae? Tenho certeza de que ela nao gostará de saber de que se casará comigo.
-Ora - começou o filho do duque. - Fugiremos de barca no dia do casamento, cruzaremos o oceano até chegarmos a uma ilhota pertencente a meu pai, sem dizer para minha mae. Toda a aldeia irá conosco para a ilha, e meu pai, também. Minha mae irá para a Europa visitar alguns parentes e passará uma semana lá. Teremos tempo suficiente para irmos a nossa Lua de Mel.
A pastorinha abraçou-o, e ambos choraram de emoçao. Tudo correu como esperado, e a cerimônia foi linda! A mulher usava um maravilhoso vestido de renda branca, e as ovelhas dela acompanharam os cavalos brancos a puxar a carruagem depois do casório. E, assim, o filho do duque e a pastorinha foram para sua Lua de Mel em Paris e voltaram para onde viviam, assim virando duque e duquesa do local.
E, já que é tradicional em contos de fadas, viveram felizes para sempre.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Malu - a série do Blog sobre separação de pais!
Malu, depois de ter se acabado de tanto chorar, foi chamada pela mãe para ir à sua aula de Espanhol. Entrou no carro com os fones de ouvido, os colocou e começou a ouvir música.
Logo, quando já estavam perto da escola de Espanhol, dirigindo numa ampla avenida rapidamente, viu-se um outro carro costurando entre as faixas. Este carro passou perto do carro aonde Malu estava, e... Logo, o automóvel foi visto no asfalto, rolando e se amassando, a mãe de Malu já num gramado na calçada ao lado, mas Malu ainda dentro do carro, girando desacordada, os fones de ouvido ainda pendendo de suas orelhas. O veículo parou de girar, amassado como uma bolinha de papel. A menina foi retirada de dentro dele, sangrando muito, e colocada ao lado da mãe, que estava acordada, já. A ambulância foi chamada com urgência ao local.
Logo, quando já estavam perto da escola de Espanhol, dirigindo numa ampla avenida rapidamente, viu-se um outro carro costurando entre as faixas. Este carro passou perto do carro aonde Malu estava, e... Logo, o automóvel foi visto no asfalto, rolando e se amassando, a mãe de Malu já num gramado na calçada ao lado, mas Malu ainda dentro do carro, girando desacordada, os fones de ouvido ainda pendendo de suas orelhas. O veículo parou de girar, amassado como uma bolinha de papel. A menina foi retirada de dentro dele, sangrando muito, e colocada ao lado da mãe, que estava acordada, já. A ambulância foi chamada com urgência ao local.
domingo, 2 de setembro de 2012
Bulling - capítulo 2
Marcela achava tudo aquilo muitíssimo injusto. Queria, mesmo que aquele dia fosse o primeiro naquela escola, sair dela. Mesmo sonhando. Sonhava em poder mostrar para aqueles garotos chatos que era mais do que uma simples garotinha que eles podiam caçoar à vontade. Ela era diferente. Então, Marcela decidiu chegar na escola no dia seguinte arrasando.
Na manhã seguinte, as lágrimas da menina já haviam secado em seu travasseiro e o sol brilhava amigavelmente através do vidro de sua janela. O quarto de Marcela era repleto de bichinhos de pelúcia, e seu gato preto dormia sonolento e preguiçoso, em sua caminha ou na cama da garota. Seu nome era Sparkel. Usava sempre uma coleirinha de espinhos, de couro branco, que sua dona ganhara do dono do Pet Shop aonde comprara Sparkel.
Aquele dia era dia de arrasar na frente dos meninos maiores. Marcela vestiu uma camiseta rosa com uma caveira branca e um shorts jeans descolado. Debaixo do shorts, estava uma meia calça comprida e cor de rosa. Os cabelos da menina, com seu reluzente brilho negro, lisos, estavam soltos naquele dia. Era hora de se vingar.
Chegou chegando, e, quando os garotos perguntaram o que acontecera, a menina não respondeu. Estava iniciada aquela batalha contra o Bulling, e ela não iria descansar até matar o inimigo.
Na manhã seguinte, as lágrimas da menina já haviam secado em seu travasseiro e o sol brilhava amigavelmente através do vidro de sua janela. O quarto de Marcela era repleto de bichinhos de pelúcia, e seu gato preto dormia sonolento e preguiçoso, em sua caminha ou na cama da garota. Seu nome era Sparkel. Usava sempre uma coleirinha de espinhos, de couro branco, que sua dona ganhara do dono do Pet Shop aonde comprara Sparkel.
Aquele dia era dia de arrasar na frente dos meninos maiores. Marcela vestiu uma camiseta rosa com uma caveira branca e um shorts jeans descolado. Debaixo do shorts, estava uma meia calça comprida e cor de rosa. Os cabelos da menina, com seu reluzente brilho negro, lisos, estavam soltos naquele dia. Era hora de se vingar.
Chegou chegando, e, quando os garotos perguntaram o que acontecera, a menina não respondeu. Estava iniciada aquela batalha contra o Bulling, e ela não iria descansar até matar o inimigo.
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