Claro que, quando o telefone toca, a gente sempre vai até ele e atende. Foi num destes casos que conheci o amor de minha vida.
TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMM!!!!!!!!!!
-Alô?
-Olá, procuro pelo senhor Maya. Ele está? - dizia uma magnífica voz feminina.
-Está falando com ele mesmo. Quem deseja?
-Não é ninguém, sabe...
-Não é ninguém? Mas eu preciso saber quem é que fala para poder ajudar!
-Mas não sou ninguém, meu senhor! Não conseguiria compreender que não sou ninguém e somente me passar para o sr. Maya?!
-Ora, mas é ele mesmo, mas, primeiro, antes de falar, gostaria muito de saber seu nome e telefone.
-Não sou ninguém e meu telefone você pode ver muito bem na tela do SEU telefone. Agora deixe-me falar, senhor Maya, por favor!
-Pois diga, que agora fiquei curioso. Mas vou avisando-lhe que, se não me disser seu nome, desligarei quando começar.
-Mas, meu senhor, não me amole! Somente quero falar-lhe que...
-Tu...Tu...Tu... - desligara, com certo medo da voz misteriosa e que dizia não ser ninguém.
TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMM!!!!!!!!!
-Quem é?
-Não sou ninguém, poderia me passar ao sr. Maya?
-Mas me diga, pelo amor de Deus, quem é você!
-Meu senhor, vamos fazer o seguinte: Nos encontremos perto da doceria Maya, na rua Waltie, agora mesmo. Lhe vejo lá.
Desliguei, mas não fui. Tinha medo de que fosse trote e que fossem me assaltar, já que eu era dono daquela doceria. Logo me bateram na porta e eu fui atender.
-Por acaso aqui é a casa do Sr. Maya? - era a mesma mulher ao telefone, agora exibindo quem era: Cabelos encaracolados e ruivos, olhos verdes, boca delicada como se de porcelana. Eu pedi que entrasse, gaguejando. Poucas mulheres haviam passado pela minha vida.
-Sim. Entre - disse. - Sente-se que lhe preparo algo. Quer café? Chá? - ela aceitou o chá e se sentou, cruzando as pernas, enquanto eu ia para a cozinha, tremendo. Ela era linda! Preparei chá e levei a ela.
-Bem, Sr. Maya, estava apenas tentando lhe dizer que eu sonhei com o telefone do senhor esta noite. Não sei porque, apareceu-me na cabeça, anotei-o e decidi ligar para o dono dele, que por acaso era o senhor. Então decidi não falar quem era eu. Compreende agora?
-Sim - disse, abismado com o que ela acabara de me contar.
-Bem, continuando, o meu sonho me disse que deveria chamar o dono do telefone para me conhecer melhor, porque poderia se encaixar na minha vida. Pois então, gostaria?
-Mas é claro - respondia, a xícara de chá tremendo como louca nas minhas mãos.
E fomos. Após algum tempo, percebemos que nós éramos feitos um para o outro. Namoramos, nos casamos, e, agora, nossas filhas já tem até namorado.
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