O PETAR, ou Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, é um dos parques mais interessantes, tanto para a Biologia quanto para a Geologia, e retém uma enorme parte da Mata Atlântica. A região do Alto Ribeira, em si, guarda 21% dos 9% remanescentes dessa mesma mata, sendo que o resto desses remanescentes está espalhado por todo o Brasil. O Alto Ribeira possui a maior área contínua de Mata Atlântica do país.
E, por essa riqueza de Mata Atlântica, o PETAR é um parque extremamente dotado de biodiversidade. Plantas como araucárias, canela, cipós, samambaias, bromélias, trepadeiras, palmeiras, entre outras, além de animais como macacos, serpentes, peixes, variados insetos, sapos e aves, com alguns outros espécimes, dominam o parque e o enchem de vida. A Mata Atlântica possui uma das maiores biodiversidades do mundo. Há também diversas cavernas no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, que são de interesse das áreas de Geologia e de Biologia, como as cavernas Água Suja, Morro Preto, Santana e muitas outras, que contém diversos animais: uma quantidade considerável de insetos, bem como opiliões, pitus, morcegos, peixes, caranguejos etc.
Tanto as cavernas quanto a mata são atrações turísticas muito interessantes, além de ótimas regiões de estudo desses ecossistemas. Há, em ambos os ambientes, uma fauna e flora de grande tamanho, alguns seres vivos ainda não estudados, únicos, e que correm risco de extinção. Ainda há muito a ser estudado, portanto, quanto a ambos os ambientes.
Nesses dois ambientes, há a legislação ambiental como forte proteção aos seres vivos vivendo nesses locais, e também aos mesmos. Um desmatamento ou poluição, fosse mesmo apenas na mata, e não nas cavernas, afetaria muito os dois ecossistemas, e é isso que o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com suas leis ambientais, procura evitar. Isso é porque as cadeias e teias alimentares, nas cavernas, iniciam-se com materiais orgânicos, provenientes das matas do lado de fora: folhas, animais mortos, seus detritos ou seus restos alimentares, etc. Quando estes materiais entram nas cavernas, são decompostos. Outros seres vivos, então, se alimentam dos decompositores, e o processo continua, formando muitas cadeias e teias alimentares. Ou seja, se as matas forem afetadas, a vida nas cavernas também será, de qualquer maneira.
Os dois ambientes também estão interligados porque a fauna das cavernas se origina da fauna da mata, em processos de adaptação. Qualquer alteração num dos ambientes impossibilita que mais desses processos adaptativos surjam, ou que seres vivos de ambientes diferentes cruzem, ou até mesmo que seres de ambientes diferentes sirvam de alimento para outros, atrapalhando os ciclos de vida naturais.